sexta-feira, 20 de julho de 2007

Summer Fever- "what a lovely way to burn..."

Vamos embora, deixando-vos febre de Verão. Ardam!

Never know how much I love you, never know how much I care When you put your arms around me, I get a fever that's so hard to bear You give me fever - when you kiss me, fever when you hold me tight Fever - in the the morning, fever all through the night. Sun lights up the daytime, moon lights up the night I light up when you call my name, and you know I'm gonna treat you right You give me fever - when you kiss me, fever when you hold me tight Fever - in the the morning, fever all through the night. Everybody's got the fever, that is something you all know Fever isn't such a new thing, fever started long ago. Romeo loved Juliet, Juliet she felt the same When he put his arms around her, he said "Julie baby you're my flame"Thou givest fever, when we kisseth, fever with thy flaming youth Fever - I'm afire, fever yea I burn forsooth. Captain Smith and Pocahontas had a very mad affair When her Daddy tried to kill him, she said "Daddy-O don't you dare"Give me fever - with his kisses, fever when he holds me tight Fever - I'm his Missus, Oh daddy won't you treat him right. Now you've listened to my story, here's the point I have made:Chicks were born to give you fever, be it Fahrenheit or Centigrade They give you fever - when you kiss them, fever if you live and learn Fever - till you sizzle, what a lovely way to burn. What a lovely way to burn. What a lovely way to burn.

Fever, Peggy Lee

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Júdice a proctologista, já!

«Sinto-me um ginecologista: trabalho onde espero que muitos se divirtam.»
José Miguel Júdice, sobre o exercício do cargo como coordenador da frente ribeirinha lisboeta.
Jornal de Notícias, 16/07/2007
Obrigada Luís. Pela dica.

terça-feira, 17 de julho de 2007

SOS Dificuldades Sexuais



Hoje na RTP1 passou uma reportagem sobre sexualidade em que apareci na qualidade de coordenadora da linha SOS Dificuldades Sexuais- linha de apoio na área da Sexologia Clínica.

Há contudo a esclarecer que cessei funções como coordenadora desse serviço em Novembro de 2006 (funções entretanto asseguradas por outros colegas que poderão ser contactados através do sos.dificuldades.sexuais@gmail.com) e ainda que este serviço de apoio telefónico se encontra suspenso desde Janeiro de 2007 por motivos que não se prendem com a motivação dos seus colaboradores. Há contudo a salientar o trabalho desenvolvido durante os mais de 7 anos de funcionamento ininterrupto em que milhares de utilizadores foram informados acerca da melhor forma de procurar apoio específico para as suas dúvidas e problemas na área da saúde sexual. Saliento que a SOS Dificuldades Sexuais desenvolveu um trabalho muito útil, especialmente junto daqueles que não têm acesso a outras formas de apoio. Entre estes, e estas, encontrámos @s que não têm médic@ de família; @s emigrantes ilegais sem acesso ao Serviço Nacional de Saúde; @s que vivem longe dos grandes centros urbanos; @s que não têm acesso à internet; @s que precisavam de orientação para falar com @ médic@, com @ companheir@, com a família; @s que queriam saber os nomes de profissionais habilitados com o título de terapeuta sexual ou @s que simplesmente precisavam do contacto de outros serviços e outr@s especialistas nesta área.

Actualmente não existe nenhuma linha de apoio na área da sexologia clínica, contudo destaca-se o trabalho desenvolvido nas linhas de apoio na área da sexualidade:

Sexualidade em Linha 808 222 003
International Lesbian & Gay Association (ILGA) 21 887 61 16
Linha Sida 800 266 666
S. O. S. Sida 800 201 040
Abraço 800 225 115
SOS Grávida 808 201 139

P.S. a entrevista foi-me feita antes de Novembro de 2006, antes de eu saber que a linha iria ser suspensa. Entretanto, por razões pessoais, mantive-me afastada e pensava que a reportagem já tinha ido para o ar. De qualquer forma gostei do trabalho feito, a montagem foi cuidada e os conteúdos úteis. Foi pena este pequeno desacerto, mas grave, grave foi terem suspendido a linha, claro!

Prometido à Isabel II-Pequenas e deliciosas obsessões

As boas conversas têm disto: trazem-nos à camada superior da pele pedaços da nossa história submersa. Infelizmente não consegui encontrar a versão vídeo que mais gosto desta versão da Pipilotti Rist sobre um tema do Chris Isaak. Mas queria partilhar convosco o impacto sonoro e, eventualmente, emocional que este olhar sobre o Wicked Game tem. Neste exemplo as imagens só perturbam, mas aproveitem o link no Youtube para descobrir mais trabalhos da Pipilotti Rist. Ou encontrem-na em: http://www.pipilottirist.net/begin/open.html. De resto, e aqui para efeitos deste meu lar virtual (no lar efectivo e real já não há paciência para este tema!), atentem na letra, e na sua interpretação, especialmente a partir dos 3 minutos e 33 segundos.

Está assim oficialmente aberta a saison da lamechice:

The world was on fire No one could save me but you. Strange what desire will make foolish people do I never dreamed that I'd meet somebody like you And I never dreamed that I'd lose somebody like you No, I don't want to fall in love [This love is only gonna break your heart] No, I don't want to fall in love [This love is only gonna break your heart] With you With you

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Prometido à Isabel



Há uma particularidade, entre várias, que eu adoro neste vídeoclip: o facto de ser feito em um take só, num total enamoramento entre a câmera e o enamoramento entre quem interpreta.

Big Laurie


"I pretend that you love me, you pretend that you care, I pretend I am happy, you pretend you are here. The lost art of conversation"
Laurie Anderson

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Cialis, Levitra ou... Viagra



Tomo Viagra. (...) Devo toda esta turbulência, esta felicidade ao Viagra. Sem o Viagra nada disto estaria a acontecer. Sem o Viagra teria uma imagem do mundo apropriada à minha idade e objectivos inteiramente diferentes. Sem o Viagra teria a dignidade de um senhor idoso liberto do desejo e que se comporta como deve ser. Não estaria a fazer uma coisa que não tem sentido nenhum. (...) Graças ao Viagra acabei por compreender as transformações amorosas de Zeus. (...) Deviam ter-lhe chamado Zeus.
A Mancha Humana, Philip Roth

terça-feira, 10 de julho de 2007

Maus exemplos



Já que o Chico anda a pairar por aqui, a propósito de:
http://www.portugalnet.pt/pnet/noticia.asp?id=46654

Lembrei-me de:

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seu maridos, orgulho e raça de Atenas
Quando amadas, se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem, imploram
Mais duras penas Cadenas
(...)
E quando eles voltam sedentos
Querem arrancar violentos
Carícias plenas
Obscenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas
(...)
Elas não têm gosto ou vontade
Nem defeito nem qualidade
Têm medo apenas

Mulheres de Atenas, Chico Buarque

domingo, 8 de julho de 2007

sábado, 7 de julho de 2007


Angústias da adolescência

Desde a adolescência que tento responder à questão levantada pela letra da canção seguinte. Após várias conversas animadas em noites ou dias mais ou menos rocambolescos cheguei às três seguintes hipóteses de resposta:

O Amor;
O Dinheiro;
O Prazer Sexual.

Aguardo as vossa respostas alternativas.

O que será que será?

O que será que será
Que andam suspirando pelas alcovas
Que andam sussurrando em versos e trovas
Que andam combinando no breu das tocas
Que anda nas cabeças, anda nas bocas
Que andam acendendo velas nos becos
Estão falando alto pelos botecos
E gritam nos mercados que com certeza
Está na natureza
Será que será

O que não tem certeza nem nunca terá
O que não tem conserto nem nunca terá
O que não tem tamanho
O que será que será
Que vive nas idéias desses amantes
Que cantam os poetas mais delirantes
Que juram os profetas embriagados
Que está na romaria dos mutilados
Que está na fantasia dos infelizes
Está no dia-a-dia das meretrizes
No plano dos bandidos dos desvalidos
Em todos os sentidos, será que será

O que não tem decência nem nunca terá
O que não tem censura nem nunca terá
O que não faz sentido
O que será que será
Que todos os avisos não vão evitar
Porque todos os risos vão desafiar
Porque todos os sinos irão repicar
Porque todos os hinos irão consagrar
E todos os meninos vão desembestar
E todos os destinos irão se encontrar
E mesmo o padre eterno que nunca foi lá
Olhando aquele inferno vai abençoar
O que não tem governo nem nunca terá
O que não tem vergonha nem nunca terá
O que não tem juízo


O que será que será, Chico Buarque
Sorry

Não sei porquê, não consigo responder aos vossos amáveis comentários. Os que chegam via blog. Por isso não tenho respondido. Apenas isso. Aos que chegam via mail vou respondendo. Assim que perceber o que se passa comentarei os comentários.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Orgulho no Porto



Constou-me que em Madrid foi assim:

A QUIEN LE IMPORTA
La gente me señala
me apuntan con el dedo
susurra a mis espaldas
y a mi me importa un bledo.
que mas me da
si soy distinta a ellos
no soy de nadie,
no tengo dueño.
Yo se que me critican
me consta que me odian
la envidia les corroe
mi vida les agobia.
Porque sera?
yo no tengo la culpa
mi circunstancia les insulta.
Mi destino es el que yo decido
el que yo elijo para mi
a quien le importa lo que yo haga?
a quien le importa lo que yo diga?
yo soy asi, y asi seguire, nunca cambiare
A quien le importa lo que yo haga?
a quien le importa lo que yo diga?
yo soy asi, y asi seguire, nunca cambiare
Quiza la culpa es mia
por no seguir la norma,
ya es demasiado tarde
para cambiar ahora.
Me mantendre
firme en mis convicciones,
reportare mis posiciones.
Mi destino es el que yo decido
el que yo elijo para mi
a quien le importa lo que yo haga?
a quien le importa lo que yo diga?
yo soy asi, y asi seguire, nunca cambiare
....
Thanks Hammerman!
;-)

Maria II: Parentalidade

(...)
Parte, Maria
Que estás tão bonita
Que estás tão aflita
Pra me abandonar
Sinto, Maria
Que estás de visita
Teu corpo se agita
Querendo dançar
Parte, Maria
Que estás toda nua
Que a lua te chama
Que estás tão mulher
(...)
Parte cantando
Maria fugindo
Contra a ventania
Brincando, dormindo
(...)
Vai, alegria
Que a vida, Maria
Não passa de um dia
Não vou te prender
Corre, Maria
Que a vida não espera
É uma primavera
Não podes perder
Olha Maria, Chico Buarque

terça-feira, 3 de julho de 2007

Summer Kitsch



If you want my body
And you think I´m sexy
C´mon sugar let me know
Do Ya Think I´m Sexy, Rod Stewart

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Homoparentalidade vista com franja


Ontem na TVI passou uma reportagem sobre casais lésbicos que recorrem a dadores de esperma para fazer auto-inseminação (sem que haja relação sexual com um homem). Não posso comentar toda a reportagem, porque só vi parte. O que vi pareceu-me relativamente cuidado e equilibrado, apesar de superficial, o que está de acordo com o formato e meio de difusão. Pena continuarmos a ter os técnicos a dar a cara e os envolvidos a escondê-la: reflexo de uma sociedade estigmatizante e punitiva face à diversidade sexual. Relativamente ao desfecho da mesma, a jornalista responsável pela reportagem- Elisabete Barata- rematava e marcava golo argumentando que estas lésbicas têm instinto maternal. A este propósito pergunto:


* Será que a maternidade, explicada pelo tal “instinto”, continua a ser desígnio e factor de validação social da mulher?
* E as lésbicas e as mulheres que não querem ser mães? Não têm instinto? Têm um défice no cromossoma X, ou outro défice qualquer, que as torna menos representativas do género feminino?
* E os casais homossexuais masculinos que querem exercer a homoparentalidade, também têm instinto maternal? Se calhar têm instinto parental. Ou paternal? Ou um cromossoma X a mais?
* E se isso do instinto (maternal, paternal, parental) não passar tudo de uma grande construção pseudo-científica com pés de barro?
* E se, só “se”, estes casais não tiverem um projecto marcado pelo ”instinto”, mas sim pelo amor: uma pela outra e também por uma criança que desejam criar em conjunto e que são capazes de amar? Em caso afirmativo isso significa que reúnem algumas das condições básicas para exercer a parentalidade: planeamento da mesma e investimento emocional de qualidade.