Campanha Moçambicana de Prevenção da Transmissão do HIV
Não conheço Moçambique e desconheço se os conteúdos desta campanha são adequados à realidade social do país, mas agrada-me a simplicidade dos meios e da linguagem. Pergunto-me, contudo qual a mensagem, qual o objectivo, que representações lhe estão associadas? Se calhar pertenço a uma rede? E então? Devo abster-me de ter relações sexuais? Não devo ter mais do que um/a parceiro@ sexual? O alarmismo surge com a ideia de que "estamos todos a ter relações sexuais uns com os outros". Algures perdeu-se uma ideia central: a única forma eficaz de prevenir a transmissão do HIV é a prática de sexo seguro através da utilização de preservativo masculino e feminino, luvas de látex ou de um "dental dam".
Obrigada Joao pela dica!
2 comentários:
Olá Patrícia,
De facto, parece-me um produto com boas intenções, mas mal conseguidas. A mensagem principal perde-se. Além disso, pode passar uma ideia equívoca. Se eu tenho relações com alguém, mas desconheço de ela tem outras relações, parece que não faço parte do grupo que precisa proteger-se.
Já para não falar que a coisa é apresentada no presente do indicativos, excluindo a problemática do pretérito perfeito.
Muitas campanhas, algumas em Portugal, ajudaram muitas pessoas a convencer-se de que estavam a salvo, quando não o estavam. Lembro-me de uma que punha a protecção no conceito de família. Hoje, sabemos que foi um erro crasso.
Beijinhos
Ifa
Pois é, é impressionante como grande parte das campanhas apresentam sempre uma tonalidade muito moralista. E lembras-te daquela campanha terrível do "se não consegue ser fiel, seja fiel à vida"?
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